Enquanto o mundo vive um alerta devido à crise provocada por um novo surto de ebola, as ações da farmacêutica canadense Tekmira subiam nesta sexta-feira (8/08) na Bolsa de Nova York 26%, diante de um possível acordo com as autoridades de saúde americanas para autorizar o fármaco que trata a doença, o TCM-Ebola.
A farmacêutica que projetou o remédio emitiu ontem um comunicado no qual assegurava que a Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) tinha “confirmado verbalmente” que tinha modificado o status de seu remédio de “pausa clínica total” para “pausa clínica parcial”.
“Esta ação permite o potencial uso do TCM-Ebola em indivíduos infectados pelo vírus do ebola”, assegurou a empresa, e seus investidores, entusiasmados, faziam com que suas ações subissem 26%, subindo de US$ 14,28 para quase US$ 18 na tarde desta sexta.
“Estamos contentes que a FDA tenha considerado a relação risco-ganho do TCM-Ebola em pacientes infectados. Estivemos observando o surto do vírus do ebola e suas consequências e estamos desejando ajudar com qualquer uso responsável do TCM-Ebola. As perspectivas mostradas pela FDA eliminam um potencial bloqueio nesse caminho”, assegurou o executivo-chefe e presidente da companhia, o médico Mark Murray.
O TCM-Ebola está sendo desenvolvido sob um contrato de US$ 140 milhões com o Departamento de Sistemas de Biodefesa e Contra-Ataque Médico Terapêutico dos Estados Unidos e foi testado em primatas contagiados com ebola do Zaire com um sucesso de 100%.
A pesquisa está ainda estudando a segurança, a tolerância e a reação corporal de voluntários adultos não infectados e nos quais são aplicadas doses cada vez maiores do remédio.
O desenvolvimento do fármaco tinha recebido em março a qualificação de “via rápida” por parte da FDA, o que permitiu acelerar a pesquisa, e isso ajudou que as ações da companhia se valorizassem 50,95% nos últimos três meses, para uma empresa que começou a cotar no mercado Nasdaq no dia 26 de novembro de 2010.
Fonte: Época Negócios