Burocracia menor e câmbio vão ajudar exportação de remédios

A redução da burocracia, aliada ao real desvalorizado, deve impulsionar as exportações da indústria farmacêutica em 2016. As indústrias já estimam aumento de receita em função de medidas do governo para facilitar os embarques de medicamentos brasileiros.

“O governo federal lançou um plano de apoio à exportação e percebemos que as empresas instaladas no Brasil, sempre muito voltadas ao mercado interno, estão com uma visão mais favorável às vendas para outros países”, revelou o diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo.

Segundo ele, o trabalho do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para reduzir a burocracia em torno das exportações vem ao encontro dos pedidos feitos pelos laboratórios.

A criação do Portal Único de Comércio Exterior foi uma das principais ações estabelecidas pelo governo a partir do Plano Nacional de Exportações (PNE), lançado no ano passado.

“O portal permitiu a criação de uma janela única, por meio da qual o operador [da empresa] passa a conversar com o governo uma única vez e, até meados do ano, esperamos atingir na totalidade a indexação eletrônica de documentos”, afirmou o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho.

Com o avanço da indexação, o governo federal espera eliminar o uso de papel no controle das operações de comércio exterior. A medida inclui a integração de 22 órgãos, que hoje fazem parte da estrutura de exportação.

Em outra frente, a Anvisa trabalha para facilitar a venda de medicamentos para outros países. A agência reguladora tem um processo específico para avaliar medicamentos destinados à exportação, de modo que os embarques sejam agilizados, contou o responsável pela Diretoria de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (DSNVS) da Anvisa, Ivo Bucaresky.

Ele também destacou o trabalho da Anvisa para estabelecer parcerias com agências reguladoras em outros países, facilitar o acesso a novos mercados e melhorando a reputação dos medicamentos brasileiros.

“Hoje, a visão sobre a qualidade do produto brasileiro é outra, em função do trabalho da Anvisa. É claro que precisamos aperfeiçoar parte dos nossos processos, como as nossas filas que ainda demoram muito. Mas estamos trabalhando para tentar reduzir o tempo”, afirmou ele.

A maior agilidade no trabalho, explicou Bucaresky, está relacionada a dois fatores: a melhora gradual do trabalho da agência, que neste ano completa 17 anos; e a equipe disponível. Enquanto o primeiro avança com o tempo, o segundo não tem perspectiva de mudança. “A Anvisa é muito pequena para o tamanho do trabalho dela, isso aparece nas filas para aprovação de medicamentos. Nós melhoramos processos na medida do possível, mas falta gente”, lembrou ele, ressaltando a necessidade de mais profissionais para acelerar as avaliações.

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Fonte: Interfarma

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