Conhecimento de povos da floresta pode revolucionar indústria farmacêutica

A humanidade precisa da Amazônia não só em virtude dos serviços ecossistêmicos prestados pela floresta na regulação climática, na oferta de água e de produtos úteis para a alimentação humana e animal, mas também por sua importância na descoberta de medicamentos fundamentais.

Entre a localização de uma molécula e sua transformação em base para um remédio, o caminho é extremamente longo e custoso. De cinco mil compostos identificados pela pesquisa como virtualmente úteis para a indústria farmacêutica, apenas um acaba contribuindo para a produção de uma droga, após dez anos de pesquisa e a um custo superior a US$ 800 milhões, como mostra artigo de pesquisadores do Max Planck Institute.

Estes custos explicam que, nos anos 1980, os grandes laboratórios globais se voltaram ao esforço de usar química combinatória e triagem de alto rendimento (técnica que permite usar bioinformática na testagem e recombinação de grande número de compostos químicos) para reduzir sua dependência de produtos naturais. Mas esta ideia de que as informações já disponíveis e seu processamento por instrumentos digitais sofisticados poderiam acelerar o ritmo de descoberta e produção de novos medicamentos não se revelou verdadeira.

As bibliotecas de informação dos grandes laboratórios não eram capazes de oferecer pistas mais promissoras e de melhor qualidade que as originárias do mundo natural. A tentativa de contar apenas com informações já coletadas e de fazer novas descobertas com base em técnicas avançadas de inteligência artificial explica o que Steven Ogbourne e Peter Parsons caracterizam como uma crise de produtividade da indústria farmacêutica.

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Fonte: Uol Ricardo Abramovay

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