A live “Os impactos da pandemia nas questões trabalhistas e o futuro da relação empresa x empregado”, promovida pela Abiquim, no dia 10 de julho, reuniu o diretor de Recursos Humanos América Latina da Clariant, Alberto Mendes; e o responsável pelas Áreas Trabalhista, Previdenciária e Fundos de Pensão da Rhodia – Grupo Solvay na América Latina e coordenador da Comissão Temática de Recursos Humanos e Assuntos Trabalhistas da Abiquim, Wlademir Linden; e teve moderação do presidente-executivo da Associação, Ciro Marino; e da gerente de Comunicação da Abiquim, Camila Matos.
Segundo o diretor de Recursos Humanos América Latina da Clariant, Alberto Mendes, a pandemia mostrou que a indústria química está mais pronta para enfrentar crises do que se acreditava. “Conseguimos mudar as rotinas de higiene e foi factível executar o trabalho remoto. Tivemos um aumento no conhecimento da gestão de risco e na flexibilidade das empresas”. Apesar disso, Mendes não acredita que o trabalho remoto deverá ser em tempo integral após o período de enfrentamento da pandemia. “Será algo equilibrado entre o trabalho no escritório para ações colaborativas e atividades individuais de forma remota, pois o ser humano é social, ele precisa interagir”.
Para o responsável pelas Áreas Trabalhista, Previdenciária e Fundos de Pensão da Rhodia – Grupo Solvay na América Latina e coordenador da Comissão Temática de Recursos Humanos e Assuntos Trabalhistas da Abiquim, Wlademir Linden, as empresas passam por um momento de aprendizado e esse conhecimento será usado nas relações com os colaboradores nos próximos anos. Linden ainda ressaltou a importância das medidas emergenciais na legislação trabalhista, “elas que permitiram às empresas manter seus negócios e proteger seus colaboradores”. E lembrou: “esse é um momento de sacrifício para o governo, as empresas e os colaboradores, todos devem fazer a sua parte”.
Os especialistas também avaliaram as mudanças nos locais e na forma de trabalho, que foram geradas pela pandemia e como elas serão após esse período. “Descobrimos que as atividades individuais podem ser executadas em qualquer lugar. Dessa forma o local de trabalho deverá mudar para ser focado na colaboração com mais locais de reunião do que para o trabalho individual. Já as plantas industriais devem mudar para dar ainda maior ênfase à higiene”, analisa Alberto Mendes da Clariant.
Em relação à possibilidade da Covid-19 ser considerada uma doença profissional e a reponsabilidade das empresas neste cenário, o coordenador da Comissão Temática de Recursos Humanos e Assuntos Trabalhistas da Abiquim, Wlademir Linden, alerta que algumas correntes dizem que a Covid-19 pode ser relacionada como uma doença profissional e outras que não. “Isso ainda não está pacificado na legislação. A empresa deve comprovar com o maior número de evidências que todas as ações de prevenção foram tomadas no ambiente de trabalho e que foram dadas as condições para aqueles que pudessem exercer o trabalho remoto o fizessem”, alerta.
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Fonte: Abiquim