As vendas da indústria farmacêutica devem crescer 12,6% este ano e 9,3% no próximo no mercado total (Retail e Non Retail), em valores, segundo a IQVIA. Esses foram alguns dos dados apresentados no “Fórum Expectativas 2025”, realizado pelo Sindusfarma nesta quarta-feira (12). O evento foi aberto pelo presidente executivo da entidade, Nelson Mussolini.
Esse bom desempenho é exemplificado pelo resultado das vendas da indústria para as farmácias em abril – 19,4% superior ao do ano passado -, informou o vice-presidente da consultoria IQVIA, Sydney Clark. “O canal Non Retail está sendo um motor de crescimento mais rápido do que o Retail”, disse Clark, comparando as projeções de vendas para o mercado institucional (hospitais, governos, planos de saúde etc.) com as do varejo.
As projeções da IQVIA estão em linha com o crescimento do mercado, de cerca de 12%, prognosticado pelas empresas do setor que participaram da pesquisa “Benchmarking de Expectativas da Indústria Farmacêutica 2024-2025”, realizada anualmente pelo Sindusfarma, e apresentada no evento por Fábio Moreira, consultor da Gerência de Inteligência e Business Support do Sindusfarma.
A pesquisa do Sindusfarma também constatou o otimismo da indústria farmacêutica diante do crescimento das compras governamentais (77%), novas tecnologias e acesso ao mercado privado (73%) crescimento da economia (66%) e ambiente regulatório (60%).
O índice de confiança do consumidor brasileiro está em queda há quatro meses seguidos, segundo o estudo da Ipsos Brasil apresentado por Marcos Calliari, CEO da empresa. “A tendência é preocupante”, afirmou.
E a saúde continua sendo uma das principais preocupações do brasileiro, atrás somente de “crime e violência”, de acordo com a Ipsos.
Farmácias
A expansão das farmácias e drogarias no país é marcante: somam hoje 92.649 estabelecimentos, de acordo com a IQVIA.
Outro propulsor desse crescimento são vendas on-line de medicamentos, que seguem em ritmo acelerado e já representam 16% das vendas do varejo, ante 11% do ano anterior.
“As farmácias no Brasil cada vez mais assumem um papel maior como hub de saúde”, disse Sydney Clark.
Olhar das pessoas
Segundo Calliari, as indústrias farmacêuticas contam com grande confiança da população brasileira na missão de capitanear o desenvolvimento de novas tecnologias na medicina, principalmente para a prevenção de doenças, uma das principais preocupações da sociedade.
“As farmacêuticas precisam tomar um papel proativo no desenvolvimento de serviços aos pacientes, segundo 78% dos entrevistados, com importante papel da inteligência artificial nesse processo”, disse o CEO da Ipsos.
Fonte: Sindusfarma