Intenções de investimento da indústria química brasileira caem 56,1% em um ano

De acordo com levantamento realizado pela Abiquim, o segmento de produtos químicos de uso industrial tem planejado investimentos que somam US$ 5,4 bilhões no Brasil até 2020. Em relação ao valor apurado no levantamento anterior, de US$ 12,4 bilhões, que cobria o período 2014 a 2019, houve expressiva queda, de 56,1%, nas intenções de investimento para esse novo período. “A vertiginosa queda reflete o cenário adverso, tanto do ponto de vista econômico, quanto das imprevisibilidades políticas, que não fornecem ao investidor a devida segurança para realização dos projetos. Infelizmente, as oportunidades de que o País dispõe, seja pelo mercado, seja pela importação ainda muita expressiva, seja pelo potencial de matérias-primas, tanto fósseis quanto daquelas derivadas da enorme vantagem comparativa que o Brasil possui em termos de renováveis, não estão sendo aproveitadas”, lamenta a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

Desse total de US$ 5,4 bilhões, US$ 5,0 bilhões são de investimentos que se encontram em andamento, dos quais US$ 1,8 bilhão refere-se a ampliações efetivas de unidades produtivas e/ou novas capacidades e US$ 3,2 bilhões são de investimentos diversos em manutenção, melhorias de processo, segurança, meio ambiente e troca de equipamentos, entre outros. O valor restante, de apenas US$ 0,4 bilhão, refere-se a projetos que se encontram em estudo e que, de acordo com Fátima Giovanna, só se realizarão com a solução de questões fundamentais da competitividade da indústria brasileira.

Além das questões internas de falta de competitividade, a química tem sofrido com a forte concorrência e pressão provenientes dos mercados externos, que operam com excedentes de produção, e veem o Brasil com excelentes vantagens, especialmente pelo tamanho do seu mercado. A Agenda da Química contém medidas importantes que têm por objetivo aumentar o investimento fixo, reduzir custos com a aquisição de matérias-primas, estimular a diversificação da produção química no Brasil, aumentar a capacitação dos recursos humanos, incentivar a produção local de produtos importados, estimular os investimentos em inovação e implantação e aumento de atividades de centros de P&D das empresas, incentivar investimentos de produtos químicos de origem renovável/sustentável, melhorar a infraestrutura para a indústria e aumentar a inserção internacional das empresas brasileiras.

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Fonte: Abiquim

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