Na quarta-feira, 28/ago, a marca de brinquedos Lego anunciou projeto de substituição de recursos fósseis para plástico renovável na fabricação de seus produtos. A medida pode levar até 2032 para se concretizar e o preço do novo material custará até 70% a mais do que o utilizado hoje.
Os tijolos de plástico, itens mais vendidos pela Lego anualmente — chegando à casa dos bilhões —, contam com 78% de sua produção construída à base de petróleo. Visando cumprir a meta sustentável de tornar-se neutra em carbono em 2050, a empresa testou mais de 600 materiais diferentes para desenvolver um novo modo de fabricação totalmente renovável e reciclável.
O CEO da empresa, Niels B. Christiansen, afirmou ao jornal britânico The Guardian que agora a companhia decidiu fazer um esforço real para influenciar a indústria e acelerar o ritmo desse desenvolvimento sustentável, reservando um investimento de 1,4 bilhão de dólares até 2025 para realizá-lo. “A Lego está tentando impulsionar o setor a se desenvolver e mudar a cadeia de suprimentos ao aumentar a demanda”, explicou. Christiansen espera que isso eventualmente leve ao desenvolvimento de materiais novos ou mais baratos, que ajudarão a Lego a alcançar sua meta para 2032.
Os fornecedores da Lego estão usando biorresíduos, como óleo de cozinha ou gordura residual da indústria alimentícia, e materiais reciclados para substituir combustíveis fósseis virgens na produção de plástico. Esse mercado ainda está em sua fase inicial, mas a intenção com o projeto da fábrica de brinquedos é expandi-lo. “Vamos nos tornar um comprador ativo desses produtos certificados e ajudar a acelerar a indústria nesse sentido”, disse o CEO.