Ministros destacam importância da indústria para o desenvolvimento do País no 20º ENAIQ

A Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química recebeu o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, na 20ª edição do ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química, realizado no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, em 11 de dezembro.
O ENAIQ 2015 contou com a apresentação do ministro Armando Monteiro, que falou aos presentes que o Brasil se caracteriza por seu empreendedorismo e dinamismo e, neste cenário, a indústria tem um papel importante para o desenvolvimento do PIB nacional. “Acredito que crescer por meio da indústria é a melhor forma para um País crescer”, enfatizou. O ministro Monteiro lembrou também que não existe país desenvolvido sem uma indústria forte.

Já o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, enfatizou que a indústria química é um setor importante para a macroeconomia e que muitas transformações foram feitas para gerar energia em maior quantidade e menor custo. “Estamos recuperando as bacias hidrográficas que formam a ‘caixa d’água’ do Brasil e, ao mesmo tempo, efetuando a alteração do perfil da matriz elétrica agregando a energia eólica, que passou a ser um sucesso nos leilões de energia”, informou. O ministro Braga também declarou que o Ministério de Minas e Energia está empenhado em encontrar alternativa que ofereça preço competitivo para a indústria química.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), que é presidente da Frente Parlamentar da Química, contou sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo no Congresso Nacional para garantir a competitividade do setor. “A frente trabalha para ser uma divulgadora das boas práticas e dos produtos que a química cria para a sociedade tornar a vida da sociedade melhor”.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou do evento por meio de um vídeo produzido exclusivamente para os participantes do ENAIQ. Em seu depoimento, explicou que o governo trabalha para estabelecer a situação fiscal e criar confiança nas empresas e sociedade, gerando demanda no mercado e criando condições para um crescimento robusto e sustentável. Levy destacou ainda a importância do Programa Atuação Responsável® – iniciativa voluntária da indústria química, gerenciada no Brasil pela Abiquim – para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Outro destaque do ENAIQ foi a divulgação do Desempenho da Indústria Química Brasileira em 2015, apresentado pelo presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Carlos Fadigas. A indústria química brasileira deverá encerrar 2015 com um faturamento líquido de US$ 112,4 bilhões, segundo estimativa da Abiquim para segmentos de produtos químicos de uso industrial e associações específicas dos segmentos de produtos farmacêuticos; fertilizantes; higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; defensivos agrícolas; sabões e detergentes; tintas, esmaltes e vernizes e fibras artificiais e sintéticas.

O faturamento estimado para este ano é 23,3% inferior ao registrado em 2014, quando a indústria química faturou US$ 146,6 bilhões. Entre os segmentos, o destaque é o de Produtos Químicos de Uso Industrial – acompanhado pela Abiquim, que deverá encerrar 2015 com um faturamento de US$ 54,9 bilhões. Apesar da queda no faturamento, a indústria química ainda representa 9,74% de toda a indústria de transformação brasileira, o que a coloca na quarta maior participação no PIB industrial do País.

Já o déficit da balança comercial de produtos químicos deverá encerrar o ano em US$ 26,5 bilhões, resultado de importações de US$ 39,6 bilhões em produtos químicos e exportações de US$ 13,1 bilhões. O recuo de quase US$ 5 bilhões no déficit poderia ser comemorado, não fosse o forte declínio da maior parte da atividade interna do País.

Carlos Fadigas contou que, neste cenário, é necessário olhar adiante, mas para isso é preciso reduzir a instabilidade e as incertezas. O executivo lembrou que o País tem uma indústria química forte, a sexta maior do mundo, e recursos naturais para crescer, “mas é preciso reter os recursos naturais e transformá-los para promover o crescimento da indústria, como é feito nos Estados Unidos, China e Índia”.

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, também ressaltou os recursos naturais como petróleo, gás, a biodiversidade e minerais. “Além disso, temos profissionais capacitados que fazem acreditar que o setor vai se desenvolver”, completa.

ENAIQ 2015
O ENAIQ 2015 contou com a presença do professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Sérgio Besserman Vianna, que apresentou a palestra “A Química como Líder do Desenvolvimento Sustentável”. Sua apresentação abordou temas relativos à COP-21.

O ENAIQ também promoveu um debate sobre as soluções da indústria química para um futuro sustentável, com a participação do diretor de Operações da Mercedes Benz, Wolfgang Hänle, do membro do Comitê Executivo da Solvay, Pascal Juéry, e do COO da BKO Incorporadora e Construtora, Mario Giangrande.

Na sequência, Paul Hodges, presidente da International eChem e consultor da ICIS ministrou a palestra “Matérias-primas x Petroquímica: perspectiva de mercado”.

Durante o evento, a Abiquim e o Senai assinaram um acordo de cooperação que promoverá o fortalecimento das relações institucionais por meio de intercâmbio de informações, realização de estudos, eventos e ações para promover assuntos de interesse comum em prol da inovação industrial para a indústria química. O acordo foi assinado pelo presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, pelo diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, e pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro.

Também durante o evento, foi realizada a cerimônia de entrega dos troféus aos vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2015, que prestigia a PD&I, reconhecendo projetos de inovação tecnológica na área química que demonstrem inventividade e criatividade. Neste ano, pela categoria Startup, a empresa Ipol Nanotecnologia recebeu o prêmio pelo projeto “Polímeros de alto desempenho aditivados com nanomateriais de carbono”. Pela categoria Empresa, a Oxiteno e o Instituto Nacional de Tecnologia (MCTI) foram os vencedores com a “Produção Biocatalítica de Ésteres”. Finalmente, pela categoria Pesquisador, o trio formado pela professora Vanderlan da Silva Bolzani, professor João Batista Calixto e professora Maria Luiza Zeraik conquistou o Prêmio com o projeto “Utilização sustentável da polpa dos frutos de umbu e umbu-cajá: produtos naturais fenólicos de alto valor agregado para a indústria de cosméticos com propriedades antienvelhecimento”.

Fonte: Abiquim

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