Nova lei que amplia responsabilidade dos farmacêuticos divide opiniões

Está em vigor a lei que amplia a função das farmácias. A partir de agora, os farmacêuticos estão autorizados a indicar remédios que não dependem de receita médica.

O objetivo da lei, que tramitava no Congresso há 20 anos, é transformar farmácias e drogarias em unidades de assistência de saúde. “A gente vai poder prescrever um paracetamol, uma dipirona, um buprofeno, que são os medicamentos isentos de prescrição médica e são analgésicos: servem para dor de cabeça, uma cólica, uma febre”, explica Noemi Caetano Rosa, farmacêutica.

Para o Conselho Regional de Farmácia, a mudança é vista como um ganho para a população.

“Para o farmacêutico, ele vai poder fazer todo o processo de acompanhamento fármaco-terapêutico do paciente, inclusive se for necessário alguns exames de parâmetros de avaliação de como está se comportando seu tratamento”, ressalta Leonel Francisco Almeida Leite, do Conselho Regional de Farmácia-SP.

Pela nova lei, a presença do farmacêutico passa a ser obrigatória durante todo o tempo em que a farmácia estiver aberta, mas está prevista uma exceção para micro e pequenas empresas localizadas em cidades pequenas onde não há um profissional formado. Nesses casos, o serviço pode ser prestado por um técnico ou auxiliar licenciado.

O farmacêutico terá a obrigação de notificar oficialmente efeitos não desejados dos remédios.

A diretora do Conselho Regional de Medicina no estado de São Paulo diz que o Código de Ética da categoria proíbe que médicos prescrevam qualquer remédio sem antes avaliar o paciente.

“Se uma pessoa tem uma doença mais grave de evolução rápida, vai em uma farmácia e toma um medicamento para tratar apenas o sintoma, sem investigar a causa dessa doença, ele pode evoluir e depois chegar em um pronto-socorro em um estado muito mais grave”, afirma Sílvia Helena Rondina, do Conselho Regional de Medicina-SP.

A opinião de quem vai se beneficiar com a lei, está dividida. “Facilita muitíssimo”, diz um senhor.

“O consumidor tem que ter a consciência da automedicação e do risco que isso pode oferecer à sua saúde. A lei facilita, mas com orientação muito séria do profissional, o farmacêutico”, diz Rita Maria Ávila, empresária.

As farmácias têm até o meio do mês que vem para se adaptar. Quem vai fiscalizar se a nova lei está sendo cumprida é a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Farmácia.

Fonte: Bom Dia Brasil

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