A poluição por plásticos é um dos maiores desafios ambientais da atualidade. Com a produção e descarte inadequado dos plásticos convencionais, enormes quantidades desse material acabam em nossos oceanos e ecossistemas, causando danos incalculáveis.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Copenhague desenvolveram um novo tipo de bioplástico, feito de amido de cevada, que é totalmente biodegradável. Esse material inovador pode ser a resposta para mitigar a poluição por materiais sintéticos e reduzir a pegada de carbono da produção industrial. O estudo foi publicado na revista Carbohydrate Polymers.
O plástico de amido de cevada é um biocomposto formado, principalmente, de amilose e celulose, substâncias comuns em plantas. A amilose é extraída de diversas culturas, incluindo milho, batata, trigo e cevada. A celulose usada é uma nanocelulose obtida de resíduos da indústria açucareira. Essa combinação resulta em um material durável, flexível e que se decompõe naturalmente, diferente dos bioplásticos atuais que necessitam de condições especiais para degradação.
A durabilidade e a flexibilidade desse plástico são proporcionadas justamente pelas longas cadeias moleculares de amilose e celulose. Essas características tornam o material adequado para diversas aplicações, desde embalagens de alimentos até sacolas de compras. Além disso, sua resistência à água é superior a dos bioplásticos convencionais, ampliando ainda mais seu potencial uso em diferentes setores.
O processo de produção do plástico de amido de cevada envolve a dissolução das matérias-primas em água e a mistura sob pressão, formando pequenos grânulos que podem ser moldados de diversas formas. Esse método é viável em escala industrial, já que a cadeia de produção de amido está amplamente estabelecida, com milhões de toneladas produzidas anualmente.
O impacto ambiental desse novo bioplástico é significativamente menor que o dos plásticos convencionais. Além de ser 100% biodegradável, sua produção emite menos CO2. A capacidade de se decompor completamente na natureza em apenas dois meses, sem deixar resíduos de microplásticos, torna-o uma alternativa ecológica viável. Os pesquisadores acreditam que essa inovação pode ajudar a reduzir a poluição e a dependência dos plásticos convencionais.
A invenção do plástico de amido de cevada representa um avanço significativo na luta contra a poluição ambiental. Com sua biodegradabilidade, esse material oferece uma solução promissora para a crise global dos resíduos sintéticos. À medida que a pesquisa avança e a produção em larga escala se torna uma realidade, o novo bioplástico demonstra seu potencial de transformar a indústria de plásticos e contribuir para um futuro mais verde e limpo.
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