Plástico promete barrar o coronavírus

Um plástico antivírus desenvolvido em Hortolândia que é capaz de bloquear espécies do coronavírus começou a ser utilizado na fabricação de sacos plásticos de lixo e está pronto para a indústria de capas e aventais médicos; além de fabricantes de poltronas em ônibus, aviões, carros de aplicativos, dentre outros ramos da atividade industrial.

Trata-se do Embalixo Antivírus, plástico que inativa até 99,999% do coronavírus MHV-03 (mesmo gênero das espécies SARS-CoV-1, SARS-CoV-2, MERS e outros). O plástico foi desenvolvido na empresa Embalixo, em Hortolândia, entre fevereiro e março deste ano e será disponibilizado à população como saco de lixo prateado nesta primeira semana de setembro.

A eficácia do plástico foi comprovada em testes de laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em julho, seguindo as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e metodologias prescritas nas normas. O laudo da Unicamp apontou que três amostras diferentes do saco de lixo foram colocadas em contato com o vírus da Covid-19 em diferentes tempos de exposição.

Clarice Weis Arns, virologista e professora do Instituto de Biologia da Unicamp, explicou que o vírus foi totalmente inativado durante todos os intervalos, que variaram entre uma, seis, 24 e 72 horas.

Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo, explicou que o plástico foi produzido pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, que já desenvolveu linhas diferenciadas de sacos para lixo, incluindo o plástico Vegano e os plásticos Ecológicos, dentre outras opções sustentáveis. Segundo Costa, a tecnologia foi incorporada com a meta de evitar totalmente o contato com o coronavírus, causador da Covid-19.

Novas frentes
A novidade abriu novas fronteiras no mercado e na indústria. “O uso deste plástico abre um leque de opções de uso e até cria uma nova cadeia de produção e um novo nicho de mercado”, comentou Costa. “Muitas empresas, de ramos diferentes, já entraram em contato com a Embalixo para solicitar matéria-prima do plástico antivírus, incluindo companhias aéreas, fabricantes de ônibus e empresas de aplicativos, com o objetivo de uso em poltronas”, afirmou.

Costa lembrou também que alguns aventais e capas já foram confeccionados também para a área médica que está na linha de frente neste combate à Covid-19.

Tecnologia age no sistema genético
A tecnologia, denominada como “EmbaCycle Antivírus” – antiviral e antibacteriano –, age diretamente na membrana que envolve e protege o material genético do vírus. “A partir de componentes, o produto inativa as proteínas e gorduras e quebra a estrutura genética, impedindo a transição para células humanas e, consequentemente, a contaminação”, explicou Costa.

No momento da fabricação é inserida uma espécie de aditivo antisséptico. O composto age diretamente na membrana do saco de lixo e envolve o material. O produto inativa as proteínas e as gorduras, quebrando toda a estrutura genética do vírus e impedindo que haja transição para as células humanas e, consequentemente, a contaminação.

A aplicação garante uma ação permanente. “O diferencial deste novo produto é o efeito permanente, ou seja, a proteção antiviral e antibacteriana é conservada durante todo o tempo de vida do produto. Ele trabalha como uma armadilha, com um sistema que atrai o vírus ao Embalixo Antivírus e o elimina em 99,999%”, garantiu Costa.

A pessoa fica livre da contaminação. “Com a eliminação do vírus, a contaminação cruzada entre a embalagem e o usuário é eliminada também, evitando que o saco para lixo atue como um agente transmissor do vírus. Além disso elimina as bactérias, deixando o ambiente seguro, mais higiênico e livre do mau cheiro causado pelos resíduos”, explicou.

Fonte: correio.rac.com.br

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