Com a crise econômica e a diminuição de clientes dos planos de saúde, o número de paulistanos que retiram remédios na rede pública da capital cresceu 30% neste ano, passando de 4,1 milhões nos oito primeiros meses de 2015 para 5,4 milhões no mesmo período deste ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde obtidos com exclusividade pelo Estado.
A alta demanda agravou o quadro de falta de medicamentos básicos em algumas unidades e obrigou a secretaria a rever o planejamento de compras de cada uma das mais de 500 farmácias municipais. O problema é alvo de inquérito do Ministério Público Estadual (mais informações nesta página).
De acordo com a pasta, o aumento da procura por medicamentos gratuitos se deve a duas principais razões: o crescimento do número de pessoas atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde ficam a maior parte das farmácias, e a migração de pacientes da rede privada para a pública. Somente na cidade de São Paulo, 330 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde entre 2014 e 2016, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Embora esses medicamentos básicos não sejam ofertados pelos planos, muita gente que começou a se consultar no SUS ficou sabendo quais remédios estão disponíveis de graça e passaram a usar esse serviço. Tem aqueles pacientes também que continuam na rede privada, mas que, para poupar um pouco de dinheiro nesse momento de crise, passaram a retirar os remédios nas farmácias dos postos.
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Fonte: Interfarma