Embora tenham permanecido em terreno negativo ao longo do primeiro semestre, os principais índices da indústria química brasileira revelam que, no acumulado de 2016, o desempenho do setor foi positivo, impulsionado pela recuperação verificada na segunda metade do ano.
De acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a produção avançou 4,04%, enquanto as vendas internas subiram 3,92% e o consumo aparente nacional, que mede a demanda no país, cresceu 5,2%. Já o nível de utilização da capacidade instalada melhorou dois pontos percentuais, para uma média de 80%. Apesar da me
Apesar da melhora, o nível atual de produção da indústria é praticamente o mesmo de 2007 e as vendas internas ainda são inferiores, “o que comprova um período de dificuldade e de falta de competitividade, que culmina no elevado índice de ociosidade atual e na falta de atratividade para novos investimentos”, segundo a Abiquim.
Conforme a entidade, a melhora no ambiente econômico e político no segundo semestre foi importante para o resultado positivo. Para a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a percepção de melhora do ambiente geral de negócios, o recuo dos índices de inflação e o ritmo maior de corte dos juros beneficiaram o
O índice nominal de preços da indústria registrou deflação de 9,9% no acumulado de 2016. Descontados os efeitos da inflação medida pelo IPA-Indústria de Transformação (FGV), os preços médios reais dos químicos de uso industrial caíram 12,9%. Em dólar, os preços médios reais subiram 8%.
A Abiquim destaca que o setor é dependente de matérias-primas e insumos energéticos, “o que explica boa parte da baixa dinâmica e da falta de competitividade dos últimos anos”. “O Programa Gás para Crescer, cujas diretrizes foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em dezembro de 2016, pode trazer benefícios importantes p
Fonte: Valor