Setor químico farmacêutico de JF tem expectativa de retração nos próximos dois anos

O ano de 2015 foi marcado pela recessão econômica que atingiu diversos setores do país. Muitas empresas fecharam as portas e outras fizeram de tudo para sobreviver à crise. O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Juiz de Fora (Sinquifar/JF), Henrique Thielmann, comenta que o momento não foi fácil para o setor e que não enxerga melhoria pelo menos nos próximos dois anos: “Não podemos falar em crescimento e nem em momentos agradáveis. Foi um ano que não esperamos que volte acontecer, porém, infelizmente, nossa expectativa é que 2016 e 2017 não seja muito diferente”, alerta.

Para conseguir sobreviver, o Sindicato procurou otimizar a produção e cortar gastos. Apesar do período complicado, Henrique acredita que o setor procurou novas soluções para enfrentar os obstáculos. “Cada um dentro do seu tamanho e da sua capacidade foi buscar novos caminhos, novos nichos e procurar cada vez mais melhorar seu nível de produção para aumentar a produtividade”, comenta o presidente.

Ele não descarta que em 2016 o setor enfrentará dificuldades e alerta que aqueles que não reduzirem tudo que puderem irão ter problemas. “Entretanto, quem sobreviver aos próximos dois anos, quando houver novo crescimento, terá condições de alavancar devido ao aprendizado que obteve durante a crise”, avalia.

Para o presidente do Centro Industrial de Juiz de Fora, Leomar Delgado, o setor precisa continuar unido e pensar em estratégias para sobreviver a mais um ano: “O Sinquifar se destacou ao procurar otimizar sua produção e reduzir gastos, além de trabalhar em parceria com o sindicato dos trabalhadores. A retração vai continuar, mas é preciso perseverança e trabalho em equipe”.

O setor químico e farmacêutico juiz-forano começa o ano sem perspectivas de melhora e acredita que o problema do Brasil não é o consumo, mas sim o custo. Thielmann aposta na transparência para enfrentar mais um ano: “Vamos manter uma conversa muito amigável e transparente com o sindicato dos trabalhadores, como forma de mostrar que se não há possibilidade de pagar os índices que estão sendo colocados, nós estamos lutando para preservar o emprego de quem está trabalhando”, ressalva.

Apesar do mau momento, o presidente tem esperanças de que suas suposições sobre o futuro estejam equivocadas: “Eu torço para que ao final de 2016 eu diga que errei em tudo nas minhas expectativas. Espero que o ano seja bom, que tudo correu bem e que deu resultado. Torçamos para isso”, completa.

Henrique destaca ainda que a valorização do dólar e do euro em relação ao real tem permitido um incremento aos resultados das empresas que tem eu seu portfólio de vendas a exportação. “Porém, quem não exporta e pensa em fazê-lo, esse é um mercado que se leva anos para a conquista, portanto, o resultado não é de imediato”, lembra o empresário.

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