Reajuste de medicamentos não permite repor despesas de produção

O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo questionou nesta quinta-feira (27) o reajuste máximo de 5,68% nos preços dos medicamentos regulados pelo governo. “A indústria farmacêutica continua submetida a fortes pressões de custo e não poderá repor integralmente o aumento das despesas de produção”, informou.

Por meio de nota, o Sindusfarma avaliou que a situação se repete desde 2001 e preocupa a entidade, uma vez que tem comprometido a rentabilidade das empresas farmacêuticas, com reflexos negativos nos investimentos e no lançamento de novos produtos.

“Na média ponderada, o reajuste autorizado pelo governo é de 3,52%, ante um aumento médio dos custos de produção das empresas de 13% a 18% no ano passado, principalmente com pessoal, insumos e matérias-primas (majoritariamente importadas, que sofreram o impacto da variação cambial que elevou a cotação do dólar de R$ 1,92 para R$ 2,42 aproximadamente nos últimos 12 meses)”, destaca a nota da entidade.

Ainda de acordo com o comunicado, no período de 2006 a 2013, enquanto a inflação geral acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor foi 49,13%, e os aumentos de salário concedidos pelo setor somaram 67,77%, o reajuste de preços dos medicamentos ficou abaixo destes patamares, somando 35,76% na média.

“Note-se que, para aliviar o consumidor, o governo poderia evitar ou minimizar eventuais aumentos se estendesse à indústria farmacêutica o mesmo benefício da desoneração fiscal que concedeu a outros setores”, concluiu o Sindusfarma.

Fonte: Agência Brasil

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