As vendas internas de produtos químicos de uso industrial avançaram 4,53% em 12 meses até janeiro, enquanto o consumo aparente nacional (CAN) subiu 7,2%, de acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Nesse intervalo, a produção do setor subiu 4%, as exportações cresceram 12,1% e as importações saltaram 20%.
Conforme a associação, parte da melhora se deve à base negativa de comparação, diante do forte declínio da atividade econômica, e da indústria química, entre 2014 e 2015. “Com a melhora recente do ambiente geral de negócios e da economia, o CAN volta a exibir resultados consideráveis”, indica.
A Abiquim ressalta que, apesar da melhora gradual dos resultados a partir do segundo semestre do ano passado, o nível atual de produção é praticamente o mesmo daquele registrado em 2007. “Ou seja, não houve crescimento nos últimos dez anos, o que comprova um período de dificuldade e falta de competitividade, que culmina no elevado índice de ociosidade atual”, informa.
Em janeiro, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 81%, comparável à média de 80% em 2016. Mas, na indústria, a avaliação é que a taxa “ideal” de ocupação, por se tratar de um segmento de processo contínuo, deve ser superior a 85%.
Em nota, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, afirma que há necessidade, no curto e médio prazos, de adoção de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima, de gás para fins energéticos mais competitivo, de segurança no fornecimento da energia elétrica e tarifa mais atrativa para a produção industrial.
“A solução dessas questões é fundamental para que o país aproveite as oportunidades de que dispõe para agregar valor à riqueza de recursos naturais, melhorando a pauta brasileira de exportações”, avalia.
Fonte: Valor Econômico