O setor de beleza e higiene pessoal vive momentos de melhora nas perspectivas para o ano. Números compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e obtidos pelo Valor mostram que no primeiro semestre as vendas “ex-factory” (sem adição de impostos) cresceram 10%, puxadas especialmente pela categoria de maquiagem, que saltou 20%, e perfumaria, que avançou 16%
“E agosto já superou o mês de julho. A tendência é de crescimento. Deveremos fechar o ano com crescimento de dois dígitos ou crescimento real entre 4% e 5%”, diz João Carlos Basílio, presidente da Abihpec.
No segmento de higiene pessoal, as vendas no primeiro semestre tiveram aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para o aumento do consumo das categorias de sabonetes e higiene oral, diz a Abihpec. A categoria de “tissue” (papéis de uso higiênico) cresceu 15%.
Entre as razões atribuídas por Basílio para o avanço estão o retorno da vida fora do lar, a redução do desemprego e o Auxílio Brasil, que tem partes dos recursos destinada ao consumo de itens de beleza e higiene pessoal.
Diante desse cenário, as companhias também têm conseguido repor margens mais fortemente nos últimos meses. “Em 2020 e 2021 seguramos os custos. Agora o setor está conseguindo repassar preços”, diz ele. No acumulado de 12 meses até agosto, o índice de preços dio setor subiu 11,9%, acima do IPCA consolidado de 8,73%.
Com sinalização de crescimento mais consistente do que outros mercados no mundo, o setor retomou neste ano a feira in-cosmetics para América Latina, que acontece hoje e amanhã (22). O evento conectar fabricantes de produtos e fornecedores de matéria-prima. “Muitas empresas estão focadas em sustentabilidade e insumos com esse atributo. É um nicho que tem atraído bastante atenção após a pandemia”, conta Daniel Zanetti, diretor da in-cosmetics na América Latina.
Fonte: Valor Econômico